Priscila Costa
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Análise Ergonômica do Trabalho

A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) consiste em uma investigação aprofundada das condições laborais, com o propósito de identificar os riscos ergonômicos e, subsequentemente, implementar medidas corretivas por meio de um plano de ação.


É mandatório que a organização realize a Análise Ergonômica do Trabalho – AET nas seguintes situações:

a) sempre que se perceba a necessidade de uma avaliação mais detalhada das condições de trabalho;

b) ao identificar inadequações ou insuficiências nas ações adotadas na Análise Ergonômica Preliminar (AEP);

c) quando sugerida pelo acompanhamento da saúde dos trabalhadores, conforme estipulado pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e pela alínea “c” do subitem 1.5.5.1.1 da NR 01; ou

d) quando indicada por causas relacionadas às condições de trabalho durante a análise de acidentes e doenças ocupacionais, conforme estabelecido pelo Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR.


Este documento representa uma análise profunda dos setores e atividades laborais, visando à identificação e prevenção de riscos à saúde no trabalho, com o intuito de apontar as necessidades reais da empresa em termos de possíveis melhorias. Trata-se de um guia essencial para que a empresa esteja em conformidade com as normas de prevenção à saúde ocupacional.

Na elaboração da AET, é crucial atender não apenas à NR 17, mas também a outras normas, como as normas ABNT ISO de ergonomia. Exemplos incluem normas que abordam iluminação, mobiliário, carga de trabalho, equipamentos, movimentos repetitivos, postura, entre outros. Quais fases compõem o processo da AET?

A AET tem como principais responsabilidades:

  1. Avaliar os riscos ergonômicos presentes na empresa;

  2. Classificar o nível de risco identificado;

  3. Apresentar propostas de melhorias visando reduzir ou eliminar os riscos identificados.


Quais vantagens a AET proporciona?

Uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) bem conduzida oferece uma variedade de benefícios para a empresa, incluindo:

  1. Redução do risco ergonômico, minimizando a probabilidade de doenças ocupacionais;

  2. Diminuição da taxa de absenteísmo;

  3. Menor número de queixas por parte dos trabalhadores;

  4. Trabalhadores que se sentem cuidados e protegidos, resultando em maior rendimento no trabalho;

  5. Aumento da segurança na execução das tarefas, com consequente aumento da produtividade;

  6. Redução das alíquotas do Seguro Acidente de Trabalho (SAT) e do Fator Acidentário de Prevenção (FAP);

  7. Conformidade com as normas de ergonomia;

  8. Prevenção de processos trabalhistas e defesa em caso de litígios;

  9. Atendimento à NR-01, integrando o Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO).

É fundamental que a AET seja realizada por profissionais capacitados, visando reduzir os riscos sem comprometer a produtividade da empresa. A abordagem ergonômica deve ser aliada à promoção da saúde, segurança, conforto e produtividade.


Outro aspecto relevante é a proposição de melhorias que não acarretem custos elevados para a empresa. Existem diversas formas econômicas de mitigar os riscos por meio do aprimoramento do sistema organizacional da empresa.


Portanto, a AET, quando conduzida de maneira adequada, representa um investimento modesto para a empresa, proporcionando retornos significativos a curto, médio e longo prazo.


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